segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

FOGO DO ESPÍRITO SANTO OU DO JUÍZO?


Por Gilson Barbosa

  E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.

As palavras de João Batista em Mateus 3.11, tem sido motivos de várias interpretações, e muitas delas sem fundamento. Alguns pensam que a menção deste fogo, teve seu cumprimento nos dias de Pentecostes. O poder experimentado pelos irmãos no dia de Pentecostes, quando “...foram vistas línguas repartidas como que de fogo...”seria um símbolo da presença de Deus, assim como Ele apareceu a Moisés (Ex 3.1-6). Não obstante alguns dizerem que trata-se de um símbolo da presença divina, é melhor aceitar a interpretação de que este fogo é uma advertência e não uma promessa. O que fica evidente no texto é que enquanto alguns foram compelidos ao arrependimento, outros, rechaçaram a mensagem de João Batista. Disso depreendemos que aos que se arrependeram de seus pecados, João lhes prometeu o batismo do Espírito Santo, aos que recusaram tal procedimento lhes resta a advertência do batismo com fogo. As razões para que este “batismo com fogo” seja uma advertência são as seguintes:

·         Os versículos 10 e 11, demonstra uma exortação de João Batista aos fariseus, o que evidencia mais uma predição de juízo do que a de bênção, inclusive há nestes versículos a palavra fogo.

·         No versículo 12 é dito que a palha será separada do trigo, e queimada a palha com fogo que nunca se apagará.

·         Em João 1.33 há a menção do batismo com Espírito Santo, porém, sem o fogo. Da mesma forma não há a menção de fogo em Atos 1.5, quando o Senhor Jesus repetiu a promessa com o batismo com o Espírito Santo.

·         Lucas não relata que o batismo, no Pentecoste, foi com fogo, e sim, “...como que de fogo...”.Tudo indica que este batismo com fogo está relacionado com o futuro.Leia II Ts 1.8;Lc 3.17; Mc 9.46-49;Ml 4.1.

É mais coerente admitir a interpretação de que este fogo é uma advertência e não uma promessa.


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